''Todos os cantos do globo têm um encanto especial. Quero ver o mundo, à minha moda, a cavalo, e não e outra maneira'', afirma este amante da natureza que escolheu desde a infância qual seria a sua moda, um pouco fora de moda, diria alguém, mas ah, tão romântica.
Foi aos 18 anos que Thierry fez sua primeira viagem equestre. Desde então, cavalgou através de mais de 100 países e territórios: França, Mongólia, Marrocos, México, Estados Unidos, Cuba, África do Sul, Zimbábue, Namíbia, Macedônia, Japão... ''Tenho orgulho de ter deixado meu rastro um pouco por toda parte, nos cinco continentes''.
Na sua última viagem, Thierry percorreu o Chile, Argentina, Equador, Jamaica e República Dominicana. ''Onde onde eu passei foi calorosamente recebido e tive ajuda desinteressada da população local, seja na cidade, no meio rural ou nas montanhas. Às vezes, me ofereciam pouso, às vezes minha montaria tinha direito a uma braçada de palha. O cavalo tem a vantagem de facilitar contatos e atrair imediatamente a simpatia, em suma de apagar as barreiras ''.
Durante sua primeira viagem que ele teve o cuidado de levar uma barraca e um saco de dormir. Isto obrigou o pobre cavalo a carregar dez quilos a mais. ''Na primeira noite, ele se lembra, eu paro diante de uma casa de fazenda e peço ao dono para a armar minha barraca. Ele recusa. Em vez disso, me hospeda e me dá comida. Jea passei muitas vezes por situações semelhantes. Acabei oferecendo o saco de dormir para um sem teto que certamente o usou melhor que eu! ''
Mapa na mão e cabelo ao vento
Antes de iniciar uma viagem, Thierry trata de conseguir um ou dois cavalos. Atualmente, ele procura comprar ou alugar um ou dois de, pelo menos, 1,60 m na cernelha. Nas sacolas, leva provisões e também medicamentos para seu ''companheiro de viagem'' de quatro pés. Sem esquecer os mapas, tão precisos quanto for possível, porque obviamente não é possível usar os mapas locais. ''Eu não uso GPS, mas um simples mapa. E então pergunto o caminho aos nativos. Realmente, tenho prazer de conversar com eles. São simpáticos e sempre dispostos a mostrar por onde ir.''
Normalmente o aventureiro cavalga 40 km por dia. Às vezes, em pistas difíceis, segue a pé, para aliviar a fiel montaria. ''Quem quer ir longe poupa a cavalgadura'', diz um provérbio.
O cavaleiro dos tempos modernos tem outra peculiaridade: gasta seu próprio dinheiro e recusa a ajuda de patrocinadores. ''Uma empresa de fast-food quis me oferecer uma verba de US$ 15 mil por viagem. Em troca, eu tinha de mencionar o sua marca para a imprensa. Recusei, por uma razão muito simples: o dinheiro é importante, mas pode privar você da liberdade.'' Thierry acrescentou: ''O meu patrocinador mais importante é a amizade que recebo de pessoas que encontro''.
Embora Thierry posty tenha viajado muitas vezes pela Ásia, é a primeira vez que suas botas de cowboy pisam em solo vietnamita. ''Eu ouvi falar muito deste país. Espero que a visita me permita compreender melhor o seu povo, que me parece tão hospitaleiro.'' Desejamos a ele boa sorte em sua rota, nem sempre fácil, por estradas e trilhas que começam no sul do país, em pleno Delta do Mecong.
* Fonte: http://lecourrier.vnagency.com.vn Fonte: vermelho.org.br